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27/09/2012

Dane-se a fluidez!

  A frase que ouvi foi do Engenheiro de Trânsito Horácio Augusto, vice presidente da Associação Brasileira de Pedestres. Vindo de um Engenheiro de Trânsito essa frase tem um efeito ainda maior. DANE-SE a fluidez! Em primeiro lugar deve estar a segurança de pedestres e outros usuários menos protegidos em nossas vias. Vai ser lançado em breve um filme que trata de uma de nossas maiores vergonhas nacionais, o caos no sistema de circulação nacional. O filme em questão chama-se Luto em Luta.



26/09/2012

A 'mágica'.

Sim, parece mágica! (mas não é)

Mas, como penso que boa parte de vocês já é bem grandinho, vou lembrar que mágica não existe, nem publicidade inocente. O que existe é,  no máximo, um bom truque. O truque, quando não descoberto,  ganha o nome de mágica.
Dito isso, vou direto ao assunto, o tempo passa mas os argumentos para vender carros não mudam. Vender o status da máquina é poderoso, esse embuste os publicitários sabem bem nos aplicar. O problema é que as pessoas continuam acreditando nesse truque (ou mágica para os ingênuos) que um carro irá te fazer "RESPEITÁVEL", haushaushaushaus.
Compre um carro e, como que por 'mágica' você será mais bonito, forte, potente, machão, menos frustrado, etc..

Lembro que o grande temor dos "mágicos" (da publicidade inclusive) é aparecer um Mister M e dedurar seus truques para todos, o que faria que parecessem mentirosos charlatões patéticos. Alguns 'mágicos sinceros' já se autodenominam  ilusionistas. Acho mais justo: ILUSIONISTAS. Pelo menos são sinceros, avisam desde logo que sua missão é nos iludir, acreditar neles é opção de cada ser.
Aqui fica mais uma sugestão,  no final das propagandas de carros deveria vir a seguinte mensagem: 

Atenção consumidor, essa propaganda foi feita por excelentes ILUSIONISTAS!




06/09/2012

Ciclo Falsas??

    Reproduzo aqui, um texto que está postado no Blog Vá de Bici, que problematiza um tema  recorrente nos últimos tempos: A necessidade de construção de cilcovias/faixas e a resistência dos poderes públicos em fazer as mesmas e de forma adequada. Em época eleitoral a discussão é mais do que apropriada! Boa leitura.

A guetização dos ciclistas de Porto Alegre

  Texto de Daniel Cunha:

As obras de engenharia e de arquitetura, mais do que estruturas e construções, sempre deixam as marcas de sua intenção em seu resultado final. O caso da estrutura cicloviária de Porto Alegre oferece um claro exemplo disso. Tomemos a ciclovia da avenida Ipiranga. Ela foi construída fora do leito da pista, sobre o talude que margeia o Arroio Dilúvio. Por isso, há  obstáculos na pista, como postes de energia elétrica, que causam estrangulamentos na faixa de circulação. Ela está localizada embaixo de fios elétricos de alta tensão. Há cercas de ambos os lados da ciclovia, que a isolam e dificultam o acesso. Por fim, conforme prevê o projeto, será necessário trocar de lado na avenida cinco vezes ao longo do trajeto. Em termos de trânsito de bicicletas, seria difícil imaginar algo pior do que isso. De fato, o que se materializa neste projeto é a clara intenção, não de facilitar o tráfego de ciclistas, mas de afastá-los do leito da pista para que os automóveis possam trafegar sem precisar compartilhá-la. A bicicleta é claramente tratada como um problema, um incômodo a ser “gerenciado” e apartado. Em suma, um verdadeiro gueto para confinar os párias que ousam fugir à norma do transporte individual motorizado-poluidor.
Analisemos agora as novas ciclovias cuja concepção inicial de projeto foi apresentada recentemente em reunião com a comunidade na Cidade Baixa. Na Loureiro da Silva, propõe-se construí-la junto ao canteiro central, justamente o local de pior acesso, que isola os ciclistas. Na José do Patrocínio, propõe-se uma ciclovia bidirecional, o que aumenta muito o risco de acidentes, além de provavelmente restringir o espaço potencial para bicicleta. Na Érico Veríssimo, a proposta é fazer a ciclovia sobre o canteiro central, embretada em meio às árvores. Mais uma vez, a bicicleta é tratada como um problema a ser gerenciado, os ciclistas são espremidos e jogados sobre terrenos improváveis, para que os veículos motorizados possam se deslocar sem ser importunados em seu sagrado deslocamento. As soluções óbvias – ciclovia na margem da pista na Loureiro da Silva, duas ciclovas unidirecionais na José do Patrocínio e na Lima e Silva e ciclofaixa no leito da pista na Érico Veríssimo – não são cogitadas.
Conforme o arquiteto que apresentou as propostas da prefeitura, é preciso haver “tolerância” para com o trânsito de bicicletas. Trata-se de discurso que apenas confirma o processo de guetização dos ciclistas. Ou alguém imagina que o movimento feminista reivindica que as mulheres sejam “toleradas” pelos homens? Ou que os movimentos antirracistas demandem que os negros sejam “tolerados” pelos brancos? “Tolerância” pressupõe a reprovação. De fato, as ciclovias construídas e projetadas pela prefeitura são monumentos à “tolerância”: toleramos os ciclitas, desde que estejam fora do nosso caminho, apartados do espaço onde circulamos, espremidos em guetos. Elas são o registro físico, na forma de obras de engenharia, da opção política incondicional da prefeitura de Porto Alegre: a prioridade absoluta e intocável da circulação de automóveis – a mais insustentável forma de transporte urbano – sobre as demais formas de locomoção. Enquanto esta política não for modificada, não haverá uma única ciclovia decente nesta cidade.
O que os ciclistas de Porto Alegre querem não é “tolerância”. Não queremos ser “tolerados” pelo prefeito, pelo presidente da EPTC ou pelos motoristas. Não queremos pedalar em guetos que eles chamam de “ciclovias”. O que queremos é respeito e dignidade.


Fonte: blog Vá de Bici, capturado em 06/09/2012. texto autor: Daniel Cunha.

05/09/2012

Enquanto isso, na França...

 Enquanto isso, na França, Bertrand Delanoë, prefeito de Paris diz para que quiser ouvir que: “O fato é que o automóvel não tem mais lugar nas grandes cidades do nosso tempo.” 

Bertand remodela espaços tradicionais de Paris, onde o carro era o único favorecido e demonstra que o espaço público deve ser realmente público, dando voz a pedestres, ciclistas e ao transporte público. Aqui no Brasil, timidamente discutimos se é possível espremer em nossas vias algumas ciclofalsas ciclofaixas... No caso de Paris, não é só uma questão de retirar os carros e proporcionar um ar mais limpo para a cidade. Trata-se de transformar os cais em verdadeiros bulevares para pedestres, com a instalação de estruturas definitivas ou provisórias destinadas a atividades econômicas, à cultura, ao esporte e ao lazer.


23/08/2012

É verdade, pode acreditar, eu prometo!


  Em ano eleitoral, mais do que em qualquer outra época, vemos como a espécie humana funciona em sua essência. Quando se inicia a luta institucional pelo poder todas as armas são postas em uso. Nos tempos atuais, não fica bem usar arcos e flechas ou mesmo apontar uma pistola para a cabeça do cidadão para que esse se curve e aceite servilmente um novo mestre. Nos tempos modernos temos mecanismos mais sofisticados para o controle social e a "centralização pacífica" do poder. Como qualquer grande Estado democrático que se preze temos o VOTO! Para conseguir esse precioso objeto de desejo de políticos não é necessário forçar fisicamente ninguém, basta falar o que queremos ouvir, simples assim! Eles nos enganam e nós nos deixamos enganar. Eles nos empurram suas verdades e nós acreditamos que acreditamos neles... Todo ano eleitoral é o mesmo papo... Promessas, promessas e mais promessas. Nobres candidatos, vamos combinar o seguinte, daqui para frente não prometam mais nada. Prefiro saber quais os princípios, como se posicionam eticamente e como entendem o mundo,  isso sim me interessa. Agora, ficar ouvindo seus devaneios e promessas não dá mais... até mesmo por que não acredito mais em promessas.

08/08/2012

"Bicicletas não são carros"



Logo abaixo reproduzo um texto que li no blog "Vá de Bici", que por sua vez traduziu a opinião de um colunista do New York Times a respeito de sua forma de pedalar pela Big Apple e as implicações éticas de sua postura. O fato é que também em cidades como NY existem conflitos e problemas no trânsito, mas talvez a diferença em relação a nós brasileiros seja a forma como cada sociedade posiciona-se a respeito de tais dificuldades. Os Estados Unidos, o "país dos carros" multiplicam-se as ações para restringir o uso do automóvel. A bicicleta está dentro desse novo paradigma: Valorizar outros meios de deslocamento. Nesse sentido, a bicicleta, por ser um meio de transporte também merece seu espaço, ela não é a solução mágica para a mobilidade das cidades, mas é bom lembrar que os carros também não o são. O estranhamento que muitos demonstram ao dividir as vias com as magrelas revela a mentalidade presente, onde a rua é lugar de carro! Randy Cohen, o autor do texto abaixo, diz em determinado momento sobre as críticas aos ciclistas:

"Mas grande parte do ressentimento contra os infratores (ciclistas) como eu, eu suspeito, deriva de uma falsa analogia: a equiparação das bicicletas aos carros. Nesta perspectiva, as bicicletas devem ser reguladas, como carros, e vilipendiado quando os ciclistas desrespeitam essas regras, como se estivéssemos astuciosamente nos dando bem em cima de alguém. Mas bicicletas não são carros. Carros andam três ou quatro vezes mais rápido e pesa 200 vezes mais. Ao conduzir de forma perigosa, você pode ferir os outros; se pedalar perigosamente, eu posso ferir a mim mesmo. Eu tenho a pele em jogo. E o sangue. E os ossos..."


Os conflitos cada vez mais frequentes entre quem pedala e outros usuários do espaços público demonstra que as bicicletas vieram para ficar, não adianta reclamar, isso é fato (e penso ser um fato positivo). A questão que se impõe é como reorganizaremos nossas cidades e mais importante: Como nos reeducaremos para conviver em cidades que não aceitarão mais o domínio exclusivo dos carros?

Se Kant fosse um ciclista em Nova Iorque

"O ciclista infrator de regras que as pessoas condenam, este sou eu. Rotineiramente furo o sinal vermelho, e você também. Eu desrespeito a lei, quando estou na minha bici, você faz isso também quando está a pé, pelo menos se você for como a maioria dos nova-iorquinos. Meu comportamento incomoda pedestres, motoristas e até mesmo alguns dos meus colegas ciclistas. Condutas semelhantes renderam multas e aulas de reabilitação para ciclistas.
Mas embora seja ilegal, eu acredito que é ético. Eu não tenho tanta certeza disso quando você passa despreocupadamente no cruzamento contra a luz, enquanto manda um torpedo, ouve seu iPod e bebe um martini.
Eu passo no sinal vermelho se, e somente se, nenhum pedestre está na faixa de pedestre e nenhum carro está na intersecção – isto é, se não prejudico a mim ou qualquer outra pessoa. Em outras palavras, eu trato o sinal vermelho e placas de PARE como se fossem sinais de dar a preferência. A preocupação fundamental da ética é o efeito de nossas ações sobre os outros. Minhas ações não prejudicam ninguém. Este raciocínio moral pode não influenciar o policial que está me multando, mas passaria no teste do imperativo categórico de Kant: Eu acho que todos os ciclistas podiam – e deviam – andar como eu.
Eu não sou anarquista, eu sigo a maioria das leis de trânsito. Eu não ando na calçada (OK, exceto para os últimos 25 metros entre o corte de meio-fio e minha porta da frente, e com muito cuidado). Eu não dou uma de salmão, ou seja, pedalo na contramão. Na verdade, até minhas furadas nos cruzamentos são legais, em alguns lugares.
Paul Steely White, diretor-executivo de Transportation Alternatives, um grupo de cicloativismo do qual sou membro, aponta que em muitas legislações, Idaho por exemplo, permitem que os ciclistas reduzam e passem pelos cruzamentos após dar preferência aos pedestres. Sr. White me escreveu por email: “Costumo dizer que é muito mais importante entrar em sintonia com os pedestres em vez de entrar em sintonia com as luzes, especialmente porque muitos pedestres andam de forma desavisada!”
Se a minha quebra de regras é ética e segura (e em Idaho é legal), por que incomodar alguém? Talvez seja porque nós, humanos, não somos bons no momento da avaliação dos perigos que enfrentamos. Se fôssemos, nós perceberíamosmos que as bicicletas são uma ameaça minúscula, são os carros e caminhões que nos ameaçam. No último trimestre de 2011, os ciclistas de Nova Iorque não mataram nenhum pedestre e feriu 26. Durante o mesmo período, os motoristas mataram 43 pedestres e feriram 3.607.
Os carros também nos prejudicam de forma insidiosa, em câmera lenta. Emissões agravam problemas respiratórios, corroem as fachadas dos edifícios, aceleram o aquecimento global. Para manter o petróleo fluindo, fazemos dúbias decisões de política externa. Carros promovem a subutilização do território e desencorajam o caminhar, contribuindo para a obesidade e outros problemas de saúde. Isso sem falar do barulho.
Grande parte dessa assustadora devastação é legal; mas bem pouco ética, pelo menos quando, como em Manhattan, existem verdadeiras alternativas ao automóvel particular. Mas porque nós deixamos há tanto tempo os carros dominarem a vida da cidade, nós assumimos que ele e seus efeitos maléficos, são um mal necessário. O aumento no ciclismo, é um fenômeno recente: estamos atentos a seus caprichos.
Mas grande parte do ressentimento contra os infratores como eu, eu suspeito, deriva de uma falsa analogia: a equiparação das bicicletas aos carros. Nesta perspectiva, as bicicletas devem ser reguladas, como carros, e vilipendiado quando os ciclistas desrespeitam essas regras, como se estivéssemos astuciosamente nos dando bem em cima de alguém. Mas bicicletas não são carros. Carros andam três ou quatro vezes mais rápido e pesa 200 vezes mais. Ao conduzir de forma perigosa, você pode ferir os outros; se pedalar perigosamente, eu posso ferir a mim mesmo. Eu tenho a pele em jogo. E o sangue. E os ossos.
Nem os pedestres ciclistas, é claro (pelo menos não enquanto estamos pedalando). Isso é uma terceira coisa, um modo distinto de transporte, exigindo práticas e regras diferentes. Isso é compreendido em Amsterdã e Copenhague, onde pessoas de todas as idades pedalam. Estas cidades tratam bici como bici. Extensas redes de ciclovias protegidas fornecem infra-estrutura para o ciclismo seguro. Alguns semáforos estão programados para a velocidade das bicicletas em vez de carros. Algumas leis presumem que em uma colisão bici-carro, o veículo mais pesado e mais mortal é culpado. Talvez com o lançamento do programa de bicicletas públicas de  Nova Iorque, isto se torne o caso por aqui.
Leis funcionam melhor quando são seguidas voluntariamente porque as pessoas as consideram razoáveis. Não há policiais suficientes para coagir todos a obedecer todas as leis o tempo todo. Se as leis de bicicleta fossem uma sábia resposta à situação da ciclomobilidade em vez de um remendo das leis existentes para os veículos a motor, eu suspeito que o cumprimento, até mesmo por mim, iria subir.
Eu escolho o meu estilo de pilotagem consciente da minha própria segurança e dos meus vizinhos, mas também em busca da felicidade. Movimentar-se de forma ininterrupta, deslizar silenciosamente e rapidamente, é uma alegria. É por isso que eu pedalo. E é por isso que Stephen G. Breyer diz que, às vezes, ele vai trabalhar de bicicleta no Supremo Tribunal Federal: “As vantagens? Exercício, não tenho problema de estacionamento, o preço da gasolina, é divertido. Um automóvel é caro. Você tem que encontrar um lugar para estacionar e não é divertido. Então por que não andar de bicicleta? Eu recomendo. “Eu não sei se ele fura o sinal vermelho. Espero que sim."

03/08/2012

Hobbes ou Rousseau?

A velha discussão entre Hobbes e Rousseau pede espaço:  O Homem é  naturalmente bom e se corrompe pela ação da sociedade; ou  é naturalmente voltado para a violência e somente uma estrutura social forte e bem organizada pode tirá-lo da selvageria total conforme defendia Hobbes?

Tenho dificuldade em aceitar definições tão taxativas como essas. Certa vez já escrevi aqui nesse blog que nossa humanidade é, em síntese, marcada pela nossa capacidade de não sermos coerentes ou previsíveis! Dessa forma vejo que as conjugações de espaço/tempo e sociedade podem favorecer mais a atitudes de agressão e egoísmo ou  a comportamentos de solidariedade e civilidade. 
 

Quando analisamos, de forma geral o trânsito brasileiro, é provável  que as perspectivas Hobbes tenham seus princípios comprovados. Mas, no entanto, como explicar que em alguns lugares do planeta a insanidade sobre rodas parece estar sendo fortemente controlada? Países como Suécia, Dinamarca, Japão e outros, ano a ano, reduzem seus índices de traumas, mortes e danos materiais em suas relações sociais de deslocamento?

Caso aceitemos a premissa de que tanto na Suécia como no Brasil as pessoas são da mesma espécie. E que tanto as pessoas de lá como as pessoas daqui  têm os mesmos potenciais cognitivos, então teremos também que aceitar que as relações sociais no trânsito brasileiro podem ser diferentes. Ao analisarmos outras experiências, fica claro que é preciso mudar a conjuntura socio-cultural para também atingir a melhoria na qualidade de nosso transitar.

Não sei se somos essencialmente lobos, cordeiros ou mesmo ratos de laboratório esperando os estímulos corretos para não nos matarmos no trânsito. Talvez não tenhamos encontrado a resposta por que não aprendemos ainda a fazer as perguntas certas.

Não tenho mais certezas, somente aumentei as minhas dúvidas.  Antes fosse tão simples, antes fosse somente uma questão de saber se o bem ou mal nos conduz pela existência. Hoje, as soluções me parecem mais complexas e passam necessariamente por mudanças de estruturais em nossos valores sociais. Mas isso também é somente mais uma percepção, talvez como uma criação mitológica, nossa humanidade esteja mais próxima de ser um ser híbrido. Um ser em que o bem, o mal  e  o mais ou menos coabitam.  Certeza somente que minhas dúvidas seguem apesar de Rousseau e Hobbes....

01/08/2012

Calçada, essa incompreendida!

Certa vez ouvi alguém dizer que o nível de cidadania de uma sociedade se deveria medir pela largura de suas calçadas (no cálculo do IDH deveria se levar em conta as mesmas). Com a explosão no número de carros em nossas vias nos últimos anos, as calçadas vêm sofrendo agressões cada vez mais intensas. A pressão por mais áreas de estacionamentos e mais espaços para a circulação de carros intensificam esses movimentos de ataque aos passeios públicos.

29/06/2012

Uma cidade para todos

Uma cidade para todos passa pela  mobilidade universal, mas além disso passa também por espaços públicos de verdade. Espaços para todos, sem exceção! Essa imagem  é linda e demonstra que o cuidado e a atenção aos detalhes são os melhores indicadores da qualidade de vida de uma comunidade.



Mais em:   ACESSIBILIDADE vai além dos direitos de ir e vir, ela proporciona ALEGRIA e transforma desejos em realidade!!!

19/06/2012

“Uma boa cidade não é aquela em que até os pobres andam de carro, mas aquela em que até os ricos usam transporte público”, disse, ao finalizar a palestra. E ressaltou: “Cidades assim não são uma ilusão hippie. Elas já existem*” 


 

* Urbanista, Enrique Peñalosa, prefeito da capital da Colômbia entre 1998 e 2001 em palestra realizada no Fronteiras do Pensamento. Porto Alegre.

17/05/2012

Ciclo "Tripas"

Mais uma vez a cultura do automóvel se faz presente em Porto Alegre. A prefeitura (até que enfim) resolveu iniciar algumas obras cicloviárias e pensa estar fazendo algo tão bom, tão bom, que as críticas que recebe parece não levar a sério! Esses dias, ao ouvir uma entrevista de um responsavel (?!) pela EPTC, onde se falava das inaugurações de ciclovias, o repórter perguntou sobre a largura das mesmas. O técnico (?) da prefeitura disse que isso era o possível, e as mesmas estavam dentro das normas (tá bom, me engana...).
Papo furado, a verdade verdadeira é simples: Se faz alguns arremedos de faixas vermelhas, sem cuidar de larguras mínimas, e outras questões de segurança para ver se param de 'encher o saco'!
 Lembremos que a lei obriga a prefeitura investir em ciclovias/faixas (então deixemos bem claro, não é favor ou bondade fazer essas obras).  Parece que por  que a população cobra, o MP cobra, e a mídia fica em cima então faz-se algo meia boca... Dessa forma NÃO perturba-se o espaço dos "carros",  os ciclistas NÃO podem reclamar que obras não estão sendo feitas; e a imprenssa ganha manchetes para seus  programas.  Fazem-se inaugurações patéticas para a mídia e assim vai se empurrando o engôdo para a população, vejam que foi necessário o Ministério Público abrir uma ação exigindo da prefeitura os investimentos corretos. As ciclovias/faixas são bem-vindas, mas por favor façam bem feito, não essas ciclo TRIPAS!
Nova Iorque: pelo menos um metro separa ciclofaixa de carros estacionados.




















Pô, fala sério!! Será que não dava prá fazer uma faixa maior???


15/05/2012

Um Observatório de Mobilidade...

Em Pelotas, um movimento bem legal vem sendo gestado:

"Trata-se de um grupo de voluntários comprometidos com a observação, estudo e elaboração de soluções para o desenvolvimento da Mobilidade Urbana de Pelotas. Baseados nos princípios da sustentabilidade, este grupo busca dialogar e envolver o poder público e privado para o desenvolvimento de uma cidade com o foco no bem-estar de sua população, privilegiando o transporte limpo e coletivo em detrimento do transporte motorizado e individual.

Esta visão de política possibilita caminharmos em direção a um futuro, a médio e longo prazo, que privilegie o bem-estar das pessoas. Por estas razões, o grupo escolheu ser batizado comoOBSERVATÓRIO DA MOBILIDADE URBANA DE PELOTAS e convida toda a população a se envolver e discutir questões de interesse público referentes à Mobilidade Urbana. Com isso, convocamos toda a população a expor suas idéias e percepções da cidade de Pelotas em nossos espaços virtuais e reais, no intuito de agregar força para que os futuros prefeitos da cidade se apoiem em nossos estudos e envolvimento com os munícipes, para desenvolverem ações que não fujam ao interesse “PÚBLICO” de uma cidade melhor para TODOS.

Sabendo da dificuldade de recursos que a prefeitura possui para abarcar sozinha esta missão e com a devida qualidade, o OBSERVATÓRIO conta com técnicos (servidores públicos) das Secretarias Municipais de Segurança e Trânsito, Gestão Urbana e de Obras, Universidades e instituições como Sest/Senat, Grupo Curticeira e movimentos pró-bicicleta como o Mubpel.

O grupo tem se reunido com os prefeituráveis para apresentar seus princípios, objetivos e formas de ação, com o intuito de, independentemente do partido que seja a próxima administração municipal, que se dê continuidade às ações previstas ainda para este ano, como a revitalização da Av. Fernando Osório, manutenção e melhoramento de ciclovias e ciclofaixas já existentes, bem como a implementação efetiva do Plano Cicloviário de Pelotas, recentemente premiado em Brasília, porém, ainda em sua maior parte exista apenas no papel.

Um dos principais frutos destas ações foi a conquista de uma AUDIÊNCIA PÚBLICA sobre MOBILIDADE URBANA, a ser realizada no dia 26 de maio (sábado) na Câmara dos Vereadores de Pelotas."

mais em: Blog Mobilidade Urbana sustentável.

05/05/2012

...Transitando em todos os lugares.

...transitando em todos os lugares.

Bem legal essa banda (Of Monsters and Men), com certeza seria um ótimo 'mote' para usar em uma aula de trânsito. A jornada deles no clip é muito louca, psicodelia a mil!! Doideiras à parte, nossos deslocamentos diários também apresentam seus perigos e insanidades (?!). Um belo debate pode nascer aí, e de brinde fica a dica de uma boa música! 


20/04/2012

As prioridades de cada lugar

Os carros ou as pessoas?
As pessoas que estão em carros ou as pessoas que estão fora deles?
Pessoas ou pessoas motorizadas???
Cada governo e sociedade valoriza aquilo que mais lhe convém!

Para atravessar uma avenida em São Paulo se leva DOIS MINUTOS e MEIO (150 segundos!). A relação é de 150 segundos para os carros e 25 segundos para os pedestres!

Em outro lugar, no caso Compenhague, a relação é outra: 40 segundos para os carros e 30 segundos para os pedestres!

   Só não me digam que não é possível valorizar as pessoas que estão fora dos carros... Já disse isso outras vezes, mas sempre é bom reforçar: Trânsito não é sinônimo de carros, muito menos carros 'fluindo'...

18/04/2012

09/03/2012

Canal navegável

"Pontes navegáveis são construções raras de se encontrar no mundo – o que já faz de qualquer uma atração imediata. Se estivermos falando da maior do planeta então, o encanto se multiplica. Localizada na Alemanha, a Wasserstrassenkreuz possui a estrutura de um aqueduto – como o da Lapa, no Rio de Janeiro -, mas foi projetada para ser cruzada por grandes embarcações.
Inaugurada em 2003, e medindo um total de 920 metros de comprimento, a maior ponte navegável já feita pelo homem conecta dois canais – o Elbe-Havel e o Mittelland – ao passar por cima do Rio Elba, um dos mais importantes da Europa, próximo à cidade de Magdeburg."


 mais em: http://casavogue.globo.com/arquitetura/canal-navegavel-cruza-por-cima-rio-alemao/