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30/04/2010

Possibilidades sustentáveis




Todos sabem dos impactos negativos gerados pelos veículos automotores ao meio ambiente. No entanto, existem cientistas pensando em soluções, ou no mínimo tentando “fazer uma limonada desses limões”. A transformação da energia cinética dos carros em energia elétrica é, sem dúvida, uma grande ‘sacada’, algo que por aqui deveria ser pensado e aplicado urgentemente. É possível ainda, usando o mesmo princípio para os veículos, gerar energia com o trânsito de pedestres, trens, bicicletas e até mesmo de aviões nas decolagens e pousos http://www.innowattech.co.il/swf/ipt.htm
Idéias desse tipo nos fazem lembrar a necessidade de inovar constantemente, não podemos nos acomodar com a realidade por vezes caótica em nossas vias. Soluções existem, se ainda não as encontramos é sinal que precisamos pensar um pouco mais!
Abaixo, segue reportagem que trata do assunto, bem como um link para a empresa britânica que está desenvolvendo ‘lombadas-geradoras’, leiam vale a pena!
"Se depender de engenheiros britânicos, brevemente, o trânsito das cidades vai produzir energia elétrica. Quem explica é o correspondente Marcos Losekann.
Não é apenas uma lombada ou redutor de velocidade para evitar acidentes de trânsito. É o que os inventores ingleses já batizaram de ‘rodo-elétrica’, uma pequena usina de energia movida a tráfego de veículos.
O segredo está embaixo do equipamento que pode ser instalado em qualquer rua, avenida ou em rodovia. O peso dos carros, caminhões e ônibus aciona uma espécie de manivela que faz girar os dínamos responsáveis pela produção de eletricidade. Uma forma ecologicamente correta de tirar proveito do trânsito.
De acordo com os inventores, em uma rua de movimento regular com um veículo passando, mais ou menos, a cada dez segundos, um redutor de velocidade pode produzir energia suficiente para abastecer duas casas de porte médio. Mas a ideia é usar essa eletricidade na própria rua. Nesse caso, daria para manter oito semáforos funcionando, ou até 50 postes com as lâmpadas acesas. O sistema pode funcionar dia e noite e acumular a energia que sobra em baterias, para garantir eletricidade nos períodos de menor movimento.
“Cada equipamento custa o equivalente a R$ 70 mil”, explica o inventor. “Mas com a energia gerada, o investimento se paga em três anos”. Nada mal, considerando que o tempo de vida útil de um redutor de velocidade como este é de 12 a 15 anos. A Prefeitura de Paris foi a primeira a comprar uma série desses redutores de velocidade para instalar nas ruas mais movimentadas e perigosas da capital francesa. A ‘cidade luz’ vai ter mais um motivo para justificar esse apelido".
Fonte: G1.com (capturado em 28/04/2010)

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1254956-7823-REDUTOR+DE+VELOCIDADE+PODE+SER+USADO+PARA+PRODUZIR+ENERGIA+ELETRICA,00.html (REPORTAGEM GLOBO)

http://www.hughesresearch.co.uk/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=29&Itemid=48 (HIGHWAY ENERGY SYSTEMS LTD)


28/04/2010

500!

501, 502, 503, 504...

É triste, mas aqui no RS ultrapassamos os quinhentos mortos no trânsito em menos de cinco meses. Esse número vem de um acompanhamento feito por uma empresa de comunicação (http://www.clicrbs.com.br/zerohora/swf/mortestransito/index.html) e, é extremamente importante, visto que os números oficiais não são lá essas coisas e informação nunca é demais. Agora, tão triste quanto as vidas que se foram é o fato de que, muito provavelmente, nada mudará em curto prazo. Parece que essa rotina já está incorporada à sociedade. A imprensa fala, mas pouco adianta, não há mais argumentos novos que causem mudanças, pois o que é repetido há tempos não tem surtido efeito. Todos sabem que álcool e direção não combinam, no entanto, parte considerável das mortes ocorridas estavam relacionadas a tal fato. Excesso de velocidade, não uso do cinto de segurança, falta do capacete para motociclistas, uso do celular ao dirigir, etc. Tudo isso é de domínio público, mas na prática não ocorre o respeito por tais orientações. O resultado estão nas estatísticas realizadas. O que fazer para mudar a realidade?
Não aceitar o que está acontecendo, creio, já é um início. A indignação social é a saída que vejo, pois nos acostumar com números absurdos como esses é aceitar a barbárie, aceitar nossa incompetência como sociedade e pior aceitar a desvalorização da vida.

26/04/2010

Sem pretensões, apenas percepções (2)

As contradições nos acompanham por toda a nossa existência, tentar evitá-las na busca pela coerência é louvável, porém, pouco eficaz na maior parte dos casos, principalmente se não estamos atentos.
Certa vez li que: "A contradição é a marca indelével que nos torna humanos...". Talvez o sujeito que escreveu isso quisesse dizer que somos falíveis, portanto, nos contradizer ou fazer coisas aparentemente irracionais seria algo "normal".
Excedemos a velocidade permitida somente para testar a potência do veículo, chegamos à beira de um penhasco pela emoção, nos arriscamos sem pensar na fragilidade e preciosidade de nossas vidas.
Aceito a idéia de nossa imperfeição, principalmente quando me questiono se seria lógico um médico, que sabe dos riscos do cigarro fumar? Um policial, um juiz ou um promotor ter ligações com marginais? Seria 'aceitável' um fiscal de trânsito cometer infrações? Um professor não querer ensinar? Um pai ou uma mãe não cuidarem de seus filhos? Um condutor não parar em uma faixa de pedestres?
Não, lógico não é, mas acontece...
Gosto de pensar que nossos problemas no trânsito têm um pouco de suas raízes nessas contradições. Agora, isso não me torna, nem obriga a ninguém a se tornar resignado e impossibilitado de lutar por mudanças. Somos contraditórios, no entanto, somos também seres que podem aprender e melhorar, isso é ser Humano: Errar, aprender, melhorar, evoluir!
O sujeito que anda em seu carro por vezes esquece que não nasceu com rodas e que a forma mais básica de deslocamento é usar as pernas, joelhos e pés. As pessoas na cidade, inclusive aquelas que não possuem carros e motos, acreditam que um trânsito bom é aquele no qual os veículos 'fluem' constantemente pelas vias. A questão é: e os pedestres como fazem para atravessar as ruas se os veículos nunca pararem?
Queremos que os condutores irresponsáveis sejam presos e punidos, no entanto, quando saímos à noite queremos poder beber e voltar dirigindo nossos carros! Os exemplos são muitos e o choque entre o que desejamos e fazemos no cotidiano torna-se um exercício diário para tentar melhorarmos. A questão que se coloca é que no trânsito se pede coerência e isso é um problema, pois, somos essencialmente contraditórios.
As regras de circulação, as infrações o respeito ao outro nada mais são do que uma exigência de coerência por parte de cada pessoa.
Nesse sentido, vejo que a educação no trânsito junto com um eficaz sistema de fiscalização são os 'marcos de orientação' para um caminhar seguro (e coerente) no trânsito.
A contradição é que mesmo sabendo disso, ainda continuamos aceitando riscos desnecessários, sentando à beira do abismo a todo o momento.

23/04/2010

Testes de segurança

A indústria automobilística investe pesado no aperfeiçoamento dos itens de segurança dos veículos. No entanto, nem sempre foi assim, na verdade, somente quando os acidentes e os resultados dos mesmos começaram a causar comoções na sociedade, principalmente americana, foi que se iniciou a 'corrida' pelo desenvolvimento de máquinas mais seguras. Um bom exemplo está nos vídeos postados abaixo. Fica claro a evolução dos projetos oferecidos atualmente, em comparação aos modelos dos anos cinquenta, por exemplo. Em tempos passados associava-se segurança no trânsito, exclusivamente, a espessura das placas de metal e a força do motor, quanto mais pesados, duros e imponentes, mais seguros eram tidos esses carros.
Hoje sabemos que isso não é exatamente o principal fator para a segurança, pois, mesmo com a evolução constante dos componentes de segurança os traumas durante os movimentos de trânsito continuam a existir e, em vários lugares do mundo aumentam progressivamente.
Isso nos leva a pensar que talvez o problema não sejam as máquinas...

Mas mesmo assim, os vídeos são muito interessantes, pois nos lembram de nossa fragilidade e alertam para que nos lembremos sempre: As máquinas podem ter conserto, mas nós muitas vezes não.



http://xpock.tv/play.php?vid=2587 (Crash test veículo antigo x veículo atual)
http://xpock.tv/play.php?vid=1020 (Crash test Fox)
http://xpock.tv/play.php?vid=1886 (Crash test Smart car)

22/04/2010

Quem respeita?

Um empresário foi agredido ao reclamar para um condutor que havia estacionado em um local específico para pessoas com necessidades especiais. O resultado foi uma internação hospitalar e severas lesões na cabeça do reclamante. Agressão atrás do volante e agressões fora do veículo. Quem quiser reclamar que reclame, mas não espere rosas. A lei que impera é aquela: A melhor defesa é o ataque (ver link), de preferência com uma barra de ferro...
http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=291881

16/04/2010

Esses ciclistas...



"Andar de bicicletas nas ruas das grandes cidades é a forma mais prática de se suicidar..."

Conforme já denunciou Eduardo Galeano, os ciclistas estão em constante risco. É claro que o problema não são os ciclistas, mas sim uma cidade não preparada para esse meio de transporte. Esses bravos rebeldes (e um pouco malucos!) continuam insistindo a peladar quando quase tudo está contra eles.

A bicicleta é a saída mais rápida, barata, saudável e viável para o nosso problema diário no trânsito, porém, para isso é preciso algumas contrapartidas da sociedade. Mesmo quem não usa ou nunca se disporá a usar uma bicicleta deve incentivar o seu uso. Veja bem: Uma bici = Menos um carro = Menos poluição = Menos congestionamentos = Menos obras para os carros (viadutos, alargamentos de vias, etc)...
Por favor, respeitem esses 'malucos'!

15/04/2010

Calçadas, essas coitadas!


As pessoas esqueçem que as calçadas também são locais de trânsito. Exijimos que não hajam buracos nas vias de rolamentos, que o asfalto chegue logo em todas as ruas, mas não nos preocupamos com o estado dos passeios públicos. As calçadas estão mais estreitas, menos cuidadas e desvalorizadas pelas prefeituras. Isso é um grande erro, pois elas são os espaços mais democráticos que uma cidade pode ter. Nas calçadas passam pais, filhos e amigos. Passam os ricos, os pobres e mendigos. Passam vendedores e compradores, policiais e ladrões, cachorros e gatos, gremistas e colorados. Isso tudo quando se tem espaço...
A reportagem feita hoje (15/04) pela RBS é um exemplo disso tudo.
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=110009&channel=45

13/04/2010

Soluções individuais?

Os problemas de congestionamentos nas cidades dificilmente serão resolvidos com soluções mágicas. No entanto, ideias criativas podem, em conjunto com outras ações, indicar novas possibilidades de deslocamentos. O japoneses da HONDA estão divulgando o seu “Personal-Mobility-Device” ou em uma livre tradução: dispositivo de mobilidade pessoal. As vendas ainda não começaram, mas os interessados podem ter mais informações no link abaixo. Sugiro a todos que não poderão ou não querem comprar um U3-X da HONDA que utilizem mais nas cidades os seus “dispositivos pessoais de mobilidade” que receberam de nascença: Nossas pernas e pés!



http://world.honda.com/news/2009/c090924New-Personal-Mobility-Device/video01/index.html?id=narrow

09/04/2010

Sem pretensões, apenas percepções...


Suzuki lança moto que atinge 300 Km/h

Suzuki apresentou, em São Paulo, seu novo modelo da motocicleta Hayabusa GSX 1300R. A nova moto vem equipada com um motor de 1.340 cilindradas e 199 cavalos de potência. Com as melhorias aerodinâmicas feitas pelos projetistas, a Suzuki afirma que o modelo atinge velocidade superior a 300 km/h, embora não tenha dado um número exato. (http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200806181920_RED_77125371).

Tá bom, em pistas de corrida eu sei que é liberado, mas me respondam com sinceridade, será que o pessoal que compra uma motocicleta dessas vai usá-la somente em autódromos? Acreditam? Pois bem, eu não.


06/04/2010

O trânsito em todos lugares...

"Ó MAR SALGADO, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena..."
Fernado Pessoa (1888-1935)


O poeta fala da tristeza que deixa marcas profundas e eternas. O sal do mar vem das lágrimas dos que choraram a perda de seus amados em viagens pelos oceanos. Infelizmente, hoje em nosso transitar continua-se "gerando muito sal para os mares". Poderíamos perguntar: Será que vale a pena os desatinos cometidos em nossas vias? Será que não é preciso mais sensatez, mais calma? Tudo vale a pena, só não vale ter a alma pequena!