O mês de conscientização (maio amarelo) termina hoje, mas sua mensagem segue válida!
Segue Artigo da diretora institucional do Detran/RS, publicado no portal GaúchaZH, em 07/05/19, e na edição impressa de Zero Hora, em 08/05/19.
Foi
no mês de maio que recebi o maior presente que uma mãe pode receber: um
filho. Mas também foi no mês de maio que recolhi meu filho sem vida no
asfalto de uma avenida de Porto Alegre. Diariamente, essa mesma dor
incurável é sentida por pais, irmãos, familiares e amigos, que precisam
aprender a suportar a perda inesperada de uma pessoa amada pela
violência do trânsito.
Cerca de 1,3 milhão de pessoas perdem a vida no trânsito anualmente
no mundo – é quase como se uma Porto Alegre inteira deixasse de existir a
cada doze meses. Em um esforço para conter esse intolerável número de
perdas, a ONU instituiu a Década de Ação pela Segurança no Trânsito em
maio de 2011. Ali nascia o Maio Amarelo, mês que passou a ser referência
global para chamar atenção à causa. A cor amarela foi convencionada por
remeter à noção de atenção no contexto do trânsito.
O objetivo da ONU para a Década é desafiador para os governos e a
sociedade: reduzir em 50% a projeção de mortes até 2020. No Rio Grande
do Sul, embora observemos uma clara tendência de queda se considerados
os últimos dez anos, não há o que se festejar. São muitas vidas, grande
parte delas de jovens, perdidas em circunstâncias na maioria das vezes
evitáveis, derivadas de comportamentos de risco.
Ao Estado cabe tratar a questão de maneira consistente e continuada,
com ações de prevenção calcadas na empatia e sensibilidade absolutas. Já
aos motoristas, caronas, motociclistas, pedestres e ciclistas, cabe a
compreensão verdadeira dos riscos envolvidos nessa teia de relações
fugazes, mas potencialmente danosas, que representa o trânsito. Não
podemos ter descanso, seja em maio ou em qualquer outro mês, seja nesta
ou em qualquer outra década. O sinal amarelo continua aceso, e piscando,
diante dos nossos olhos. Tenhamos todos atitude!