Pesquisar este blog

18/03/2014

Carros e bicicletas não precisam ser inimigos.

Pessoas em bicicetas!

  

Realmente não precisam.  Passamos por um momento de crise na mobilidade urbana do Brasil. A explosão da frota de carros e motos no país socializou um problema até então restrito às grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Mas a crise deve servir como um incentivo para pensarmos em soluções (não só em saídas emergenciais) para a questão mobilidade (ou imobilidade) urbana.
   A bicicleta que até então era vista somente como objeto de lazer, sem maiores pretensões, demonstra que pode sim contribuir e muito para a construção de soluções.
Pessoas em carros!


Mas é um erro visualizar a bicicleta como a 'substituta' dos carros ou mesmo achar que ela é " A solução" para a poluição, acidentes e congestionamentos nas cidades. Esse equívoco já ocorreu no passado quando os carros  foram eleitos como os donos das cidades. As bicicletas precisam ser encaradas como uma peça na organização espaço-mobilidade de uma ou várias regiões urbanas e não opositoras de um determinado modal. A lógica do conflito entre carros e bicicletas é prejudicial para todos (e, em especial, para os mais desprotegidos). Há espaço e necessidade de existência de ambos em nossas cidades, mas é preciso planejamento. 

     Portanto, pensar em briga de carros x bicicletas não é lógico, até mesmo por que carros, bicicletas, motos, ônibus ou qualquer outro meio de deslocamento só tem 'vontade' quando há uma pessoa o animando. Nesse sentido, são pessoas que estão brigando por espaços que devem ser racionalizados em nome do bem coletivo e não em função do veículo que usam em determinado espaço/horário do dia.
A mobilidade do carro deve ter prioridade? Depende. Depende do local, dia, horário, quantidade de pessoas que são beneficiadas, poluição sonora, do ar, etc.
A mobilidade da bicicleta deve ter incentivada/adotada? Depende. Depende do local, dia, horário, quantidade de pessoas que são beneficiadas, impactos ambientais, fatores de segurança, etc.
O mesmo serviria para tratarmos do sistema de ônibus, trem, metrô, táxi, lotações, deslocamentos a pé e tantas outras opções possíveis.
  O trânsito é o movimento de pessoas, não máquinas. As pessoas precisam conversar e priorizar o que realmente tem valor, no caso a vida (e sua qualidade). Pessoas em bicicletas e pessoas em carros não precisam ser inimigas, pelo menos assim penso...





Mais sobre o tema (convivência entre carros e bicis) aqui aqui.