Tempos estranhos esses, onde se torna necessário afirmar o óbvio, reforçar o explícito e defender os avanços que a humanidade conquistou em sua caminhada civilizatória. Mas que assim seja, não nos entreguemos à escuridão da ignorância.
Para alegrar um pouco os "terraplanistas", informo que eles tem uma parte de razão, a Terra não é redonda! Nosso planeta é um corpo celeste de forma singular, ele é denominado como um "geoide". Como sabemos disso? Satélites, cálculos matemáticos, anos de pesquisa, livre pensadores, universidades, livre troca de informações entre cientistas... enfim, o resultado dessa nossa longa caminhada na busca pelo saber é que nos trouxe até aqui.
Há 500 anos o português Fernão de Magalhães iniciava expedição marítima castigada por tempestades, rebeliões, fome e mortes, mas que realizou a façanha de dar a primeira volta ao mundo.
Para alguns, a saga iniciada pelo português Fernão de Magalhães é comparável à chegada do homem à Lua. Para outros, trata-se de façanha ainda maior, por ser a primeira viagem que efetivamente descobriu o planeta Terra. “Há um paralelismo feliz desta viagem com a ida à Lua. Os astronautas nos anos 1960, antes mesmo de chegarem à Lua, sempre falavam de Magalhães, Vasco da Gama e Colombo como pessoas inspiradoras, homens que fizeram algo, em certos aspectos, mais difícil do que eles estavam fazendo”, explica o historiador português João Paulo Azevedo de Oliveira e Costa.
De fato, em 1970, quando a Apollo 13 sofreu um grave acidente no espaço, só conseguiu retornar à superfície da Terra com ajuda remota dos engenheiros nos EUA. “Isso não existia para os navegadores. Não havia comunicação com Lisboa ou Sevilha, e os riscos eram maiores” [Folha São Paulo, 16/09/2019]
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